Associação Pak Entrevistas

 

 

 

 

Monique Dantas

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Pak - Como surgiu seu interesse pelo kung fu?

Monique - Desde os 4 anos de idade, eu costumava ir para academia onde meu pai ministrava aulas. Na minha infância tive um contato constante com esse mundo de academias e o kung fu. Tudo isso foi me influenciando e me levando para esse caminho. Quando de fato comecei a me interessar pelo Kung fu eu ainda não tinha idade mínima para praticar, então meu pai começou a me ensinar alguns movimentos em casa. Já com 11 anos entrei pra valer nesse maravilhoso mundo da arte marcial chinesa.

Pak - Fale um pouco sobre os treinamentos na Pak?

Monique - Os treinamentos na Pak são muito rigorososos, pois prepara muito bem o aluno para situações diversas. Além do que, são inúmeros exercícios que trazem força, flexibilidade e resistência física. Há uma grande queima de calorias durante as aulas.
 

Pak - Como é o ambiente dentro da academia?

Monique - Dentro da academia o ambiente é principalmente de muito respeito e disciplina. Temos um ambiente que distrai sua mente do stress do dia a dia. Adoro também essa postura da Pak na questão da integração social dos seus alunos e familiares. São muito frequentes as festas e confraternizações para a integração das pessoas. Grandes amizades surgem aqui devido a esses fatores. Recentemente tivemos o primeiro casamento entre alunos. O instrutor Filipe Giorgi com a aluna Alexandra Correia. Ao que tudo indica, logo logo, o filhinho deles estará na Pak treinando kung fu com a agente. RsRs!!

Pak -  Sendo filha do Mestre Gilmar Dantas, você acha que sua responsabilidade como aluna aumenta dentro da academia? Como é ter um pai que também é seu mestre e preparador físico? Ele é muito exigente com você?

Monique - De certa forma a responsabilidade não aumenta, porque existe a separação dentro da academia. Sou uma aluna como qualquer outra e meu pai sempre me deixou bem claro isso. No entanto, sempre procuro me dedicar e fazer o melhor que posso.
é muito bom ter um pai que é meu preparador físico, pois ele sempre me dá dicas de alimentação e tudo mais. Ele nunca vai me deixar engordar...! RsRs. Com relação a exigências, realmente sinto que ele é muito rígido comigo, principalmente dentro da academia. É estranho e as vezes esqueço que no ambiente de treinamento, tenho que tratar ele como meu MESTRE, e não como meu PAI.

Pak -  Com relação ao preparo físico? Que resultados você obteve?

Monique - Meu preparo físico mudou radicalmente. Obtive ótimos resultados, e ainda me curei dos problemas respiratórios que tinha. Consigo fazer diversos exercícios e não me canso rapidamente. Hoje sou forte, flexível, veloz.

Pak - Fale um pouco sobre as técnicas diversas que você aprendeu até o momento!

Monique- Na Pak aprendemos uma infinidade de técnicas que visam uma preparação efetiva para um ataque ou uma defesa pessoal; e ainda controle e tranquilidade mental através de técnicas de meditação. No nível de aprendizado que me encontro, acho muitas técnicas bem complexas. São inúmeros detalhes que tem que se observar para o correto aprendizado, pratica e desenvolvimento delas. Por outro lado a sensação é incrível, quando estamos em uma luta e conseguimos aplicar com perfeição uma determinada técnica. Principalmente quando sendo aplicada com controle para não machucar nosso colega de treinamento.

Pak -  No mês de Setembro (2008), você se tornou a primeira mulher na história da Assoc. Pak a conseguir a graduação Tarja Marrom. Os exames para esse nivel são bem exigentes tanto para os homens quanto para as mulheres. Fale um pouco dessa experiência e da responsabilidade de ser a aluna mais graduada da academia nesse momento.

Monique - Foi difícil chegar a essa graduação dentro da Associação. Em média os alunos levam cerca de 4 a 5 anos até esse nível. Esse exame é bastante rigoroso e existe uma exigência maior nesse teste por ser a ultima graduação no nívell intermediário. Os mínimos detalhes são verificados pelo mestre e professores no exame. Tem que estar muito bem preparado física e tecnicamente. O meu teste foi bom, mas gostaria que tivesse sido melhor. Eu fiquei muito feliz por ter conquistado a graduação. Existe uma responsabilidade muito grande em ser a aluna mais graduada, até por que tenho que estar preparada para qualquer tipo de treinamento técnico com os meus colegas da academia.

Pak - E com relação a parte filosófica e mental, o que você tem aprendido?

Monique - Aprendi coisas que mudaram o meu modo de pensar e agir com os outros. Na arte marcial as questões de honra e respeito são fundamentais. Comecei a perceber que adquiri uma energia positiva, e comecei a expor esses pensamentos bons para as pessoas.

 
Pak - Existem bem menos mulheres treinando na academia do que homens. Na sua opinião porque isso ocorre? você aconselharia outras mulheres a praticar kung fu? Que beneficio o esporte poderia trazer a elas e as pessoas em geral?

Monique -  Penso que, a maioria das mulheres acha que o kung fu é esporte basicamente para homens. Que grande engano! Aconselho as mulheres a praticar o kung fu, pois melhora incrivelmente a parte física, mental e traz muita auto-confiança. Alem do que queima muitas calorias, o corpo fica mais definido, forte e flexível. É um esporte incrivelmente completo.

Pak - até a data desta entrevista, depois da Instrutora Luana você é a aluna que mais conquistou premiações para a academia em campeonatos importantes dos quais participou. Qual foi sua maior alegria e também maior tristeza durante essas competições?

Monique - Tive duas grandes alegrias: a primeira foi o campeonato Mundial de Artes Marciais (Word Champion Ships of Martial Arts - 2006). Fui campeã nesse evento. Foi um campeonato muito difícil, com chaves numerosas e atletas de vários países. Foram quatro dias de competições com mais de 1000 atletas competindo em várias modalidades marciais. Fiquei muito feliz em ter sido campeã num campeonato grande assim.


A segunda alegria foi ter conquistado o 1º lugar no campeonato Paulista 2007 pela FPKF. Foi um campeonato inesquecível para mim pois eu tinha treinado muito e desejava demais essa medalha. até aquela data , os atletas da Assoc. Pak já haviam conquistado todas as premiações de todas as federações importantes de artes marciais aqui no Brasil. Só faltava justamente uma medalha de ouro em um campeonato paulista de kung fu pela Federação Paulista de kung Fu (FPKF). Meu pai sempre brincava com todos dizendo: Quem vai pegar o ouro primeiro? Quem será? Já tínhamos a de bronze e de prata, mas a de ouro estava difícil de vir.

Portanto essa vitória teve um gostinho especial para todos nós da Pak.
Maior tristeza eu não tive. Em todos os campeonatos de que participei, procurava me preparar bem para ter um bom resultado. E quando não ganhava nada, ficava triste sim, mais sabia que viria outros e que precisava melhorar cada vez mais.

Pak - Quais são as suas pretensões com relação a academia e o kung fu?

Monique - não consigo ficar sem o kung fu, já se tornou um vicio (no bom sentido). Pretendo o quanto antes me formar. Acho que vou passar o resto da minha vida me dedicando a essa arte a exemplo do meu próprio pai.

Pak - Mande seu recado para os internautas. Se você quiser falar mais alguma coisa fique a vontade.

Monique - Acho que mais pessoas deveriam praticar o kung fu, como já disse na entrevista os benefícios para a saúde física e mental são enormes. Durante as aulas queimo muitas calorias, por isso tenho uma alimentação normal e não preciso fazer dietas. O meu peso esta sempre estabilizado, como tudo que tenho vontade e com a consciência tranquila.
Ressalto ainda a importância de se saber uma defesa pessoal eficaz nesses tempos conturbados em que vivemos. Agradeço a oportunidade e também gostaria de dizer para os internautas que o esporte é essencial pra nossa saúde!!!

Um grande abraço para todos!!!

(Arquivos da Associação Pak Shao Lin de Kung Fu )

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